terça-feira, 20 de novembro de 2007
PoESia para nÃo mORRer
para recobrar o ar que me falta
toda vez que o mundo à minha volta
continua, desenvolve, prossegue
num encadeamento quase perfeito
entre necessidade e acaso
como se toda a vida não fosse
sob todas as formas possíveis
uma pedra no caminho da morte
como se toda morte não estivesse
sempre à espreita, presente
para estancar, romper
a lógica, a seqüência, o fluxo
dos atos, das palavras, dos desejos
que se repetem, reproduzem
proliferam sucessivamente
para cortar o fio da história
surpreender a vida no átimo de desfazer-se
para sangrar, escorrer na morte
que se faz a todo tempo
simplesmente para me certificar
de toda e qualquer existência
invento minha poesia
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2 comentários:
Oi, Claudia,
Não sabia que você escrevia poesia. Bela surpresa, a começar pelo nome do blog. A poesia não serve pra nada, não é? Só pra nos manter vivos.
Um beijo e muita poesia pra você,
Cesar
obrigada, Cesar!
beijo
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