o corpo reclama comida bebida cigarro sexo
eu dou
ele engole traga regurgita
seguimos assim
meu corpo e eu
desnudos e velados
na mesma cama
como amantes ocasionais
de uma vida inteira
sem nenhuma intimidade
sábado, 5 de dezembro de 2009
quinta-feira, 23 de abril de 2009
uma FLOR no cimento
mas uma flor não brota no cimento
não brota, não brota
uma flor no cimento morre antes de nascer
morre
assim foi, morta
quase dentro ainda
sem acontecer
porque uma flor simplesmente
não brota no cimento
não brota
então como nasce a poesia
sem terra, sol, água
no chão de cimento, pura pedra
nada penetra, fura
concreto, dura dor
no meio do nada
na falta, brota
a poesia
que morre
dissemina-se
sem nascer
não brota, não brota
uma flor no cimento morre antes de nascer
morre
assim foi, morta
quase dentro ainda
sem acontecer
porque uma flor simplesmente
não brota no cimento
não brota
então como nasce a poesia
sem terra, sol, água
no chão de cimento, pura pedra
nada penetra, fura
concreto, dura dor
no meio do nada
na falta, brota
a poesia
que morre
dissemina-se
sem nascer
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